Domingo pela manhã eu já não estava tão animada quanto no sábado. Acho que foi porque minhas expectativas não haviam sido atendidas pois eu esperava algo mais como massagens, mais exercícios de yoga, mais experiências de auto-conhecimento, enfim, atividades mais lúdicas.
Sou muito fechada e não conseguí interagir com ninguém. Sei que é um erro meu mas eu e minha filha somos assim.
O grupo também não era animado como o grupo do hotel que nos visitou na noite anterior. Isso acabou me trazendo uma vontade imensa de voltar logo para casa.
Além da saudade do meu filho e da minha gata, sentí saudade das minhas coisas, do meu aconchego, do calor humano do meu lar.
Levantamos às 6h da manhã e às 6:45 estávamos reunidos outra vez para mais uma palestra.
Os exercícios de yoga desta vez foram muito rápidos.
Ficamos soltos outra vez até a hora do café, por volta das 9h.
Depois melhorou um pouco com a caminhada, momento em que eu e minha filha curtimos a natureza, os detalhes, as borboletas (como essa da foto que abre o blog), foi o melhor momento do domingo.
Voltamos, almoçamos, desta vez com as mesas juntas numa tentativa do instrutor de unir o grupo em uma confraternização.
Eu, pessoalmente, não me sentí à vontade já que a única coisa que tinha na mente era voltar para casa. Acredito que as pessoas que formavam o pequeno grupo devem ter achado que eu não tinha nenhum conhecimento sobre nada, com um QI sofrível, pois simplesmente não participei da conversa que girava em torno da teoria das cordas, física quântica, soluções do trânsito na Barra da Tijuca e adjacências, e outras amenidades tais.
Explico: gosto de expor todas as minhas crenças e teorias pessoais quando estou de bom humor, já que este nível de conversa provoca debates interessantes e culturais. Mas aquele não era meu momento. Caso eu expusesse minhas idéias ao grupo, o assunto se estenderia "ad infinitum" e meu tesão de ir embora se adiaria mais e mais.
A esta altura, já havia arrumado a mala, deixando apenas as roupas que usaríamos para voltar.
Quando finalmente o instrutor conseguiu uma carona para que voltássemos ao Rio (e para mim, voltar para a rodoviária de Teresópolis já estaria de excelente tamanho), corremos para nos vestir (minha filha estava tão ansiosa quanto eu) e descemos com malas e mochilas aguardando a carona partir.
O monge-instrutor nos chamou mais uma última vez para nos abraçarmos, agradecermos o momento e nos despedirmos.
No próximo artigo, o retorno para casa.
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