26 de jul. de 2009

Sai Tio Chico, entra Tia Mena...



É... tio Chico resolveu fazer as malas e ir embora. Acho que desta vez não vai voltar... Mas deixou tia Mena para cuidar de mim até o dia em que eu fizer a viagem.


Ainda não sei dizer se isso é bom ou ruim. Tio Chico me acompanhou durante décadas, me deu muita dor de cabeça, sentia cólicas só de saber que ele estava chegando. E a despesa que me deu todas as vezes que se instalava em minha humilde oca? Era um tal de trocar lençóis, "travesseiros", roupas... E minha vida social? Totalmente desfeita quando se fazia presente, não me deixando curtir uma praia, uma piscina... Até nas minhas roupas ele se metia. Com ele por perto, somente calças largas, blusas longas...

Ah! Não posso me esquecer das neuras, dos chiliques, do stress, pouco compreendidos pelos mais próximos. Somente os que me conheciam sabiam que ele estava por perto sem precisar me perguntar o porquê do meu nervosismo.

Nos últimos meses ele ia e demorava a voltar. Não tinha nem mais a decência de avisar quando estava chegando. Chegava e ponto!
Ou então, fingia que ia embora e, de repente, voltava de novo como se a estadia temporária fosse sua residência fixa.

Não satisfeito me apresentou tia Mena. Mulher traiçoeira, fogosa, arretada. Com ele meus acessos de raiva tinham época certa. Já com ela... Não tem hora nem local. Sou obrigada a dominá-la constantemente. Mas acho que estou conseguindo discipliná-la. Pelo menos deixou de esquentar minhas tigelas e minhas panelas, por enquanto...

Aconselharam-me a procurar um especialista para repor quimicamente o que o tio Chico levou com ele mas além da minha conhecida aversão a elementos microscópicos geneticamente alterados em laboratórios, tomei conhecimento através da Internet que este tipo de procedimento poderia me causar mais estragos do que os que a tia Mena faz.

Bem, como não sei ainda qual será o tamanho da devastação que esta senhora vai proporcionar em minha vida, aceito sugestões das companheiras que estiverem passando pela mesma situação e até das que já conseguiram adestrá-la.

E deixo o tio Chico para as que precisam dele, seja para reproduzir, ou seja para ter a certeza de que não comprarão fraldas desta vez...