8 de jun. de 2011

Retiro Espiritual (5ª parte)



2ª dia no retiro:
Domingo pela manhã eu já não estava tão animada quanto no sábado. Acho que foi porque minhas expectativas não haviam sido atendidas pois eu esperava algo mais como massagens, mais exercícios de yoga, mais experiências de auto-conhecimento, enfim, atividades mais lúdicas.


Sou muito fechada e não conseguí interagir com ninguém. Sei que é um erro meu mas eu e minha filha somos assim. 


O grupo também não era animado como o grupo do hotel que nos visitou na noite anterior. Isso acabou me trazendo uma vontade imensa de voltar logo para casa.


Além da saudade do meu filho e da minha gata, sentí saudade das minhas coisas, do meu aconchego, do calor humano do meu lar.


Levantamos às 6h da manhã e às 6:45 estávamos reunidos outra vez para mais uma palestra.
Os exercícios de yoga desta vez foram muito rápidos.


Ficamos soltos outra vez até a hora do café, por volta das 9h.


Depois melhorou um pouco com a caminhada, momento em que eu e minha filha curtimos a natureza, os detalhes, as borboletas (como essa da foto que abre o blog), foi o melhor momento do domingo.


Voltamos, almoçamos, desta vez com as mesas juntas numa tentativa do instrutor de unir o grupo em uma confraternização.


Eu, pessoalmente, não me sentí à vontade já que a única coisa que tinha na mente era voltar para casa. Acredito que as pessoas que formavam o pequeno grupo devem ter achado que eu não tinha nenhum conhecimento sobre nada, com um QI sofrível, pois simplesmente não participei da conversa que girava em torno da teoria das cordas, física quântica, soluções do trânsito na Barra da Tijuca e adjacências, e outras amenidades tais.


Explico: gosto de expor todas as minhas crenças e teorias pessoais quando estou de bom humor, já que este nível de conversa provoca debates interessantes e culturais. Mas aquele não era meu momento. Caso eu expusesse minhas idéias ao grupo, o assunto se estenderia "ad infinitum" e meu tesão de ir embora se adiaria mais e mais.


A esta altura, já havia arrumado a mala, deixando apenas as roupas que usaríamos para voltar.


Quando finalmente o instrutor conseguiu uma carona para que voltássemos ao Rio (e para mim, voltar para a rodoviária de Teresópolis já estaria de excelente tamanho), corremos para nos vestir (minha filha estava tão ansiosa quanto eu) e descemos com malas e mochilas aguardando a carona partir.


O monge-instrutor nos chamou mais uma última vez para nos abraçarmos, agradecermos o momento e nos despedirmos.

5 de jun. de 2011

Retiro Espiritual (4ª parte)



Acomodações
1ª dia no retiro:
Sala de Meditação e Yoga
Combinamos de nos encontrar às 7:50 para nossa primeira aula de Pranayama (controle dos movimentos da respiração).


Na sala estávamos apenas eu, minha filha, um casal e uma moça além do monge, é claro.


Acredito que por sermos um grupo pequeno, a instrução foi melhor apreendida.


Pelo menos para mim, gostei muito dos exercícios pois ao sair sentia meu corpo totalmente revigorado, sem os nós musculares que me acompanham devido à minha ansiedade e estresse.


Devo confessar que cochilei em alguns momentos da palestra pois nosso instrutor, embora conhecedor profundo de todas as técnicas, possuía uma voz sem alterações no tom, utilizada para relaxamento mesmo, o que me fez "bater cabeça" durante sua apresentação.


Fiquei muito sem graça com isso mas era algo incontrolável. Minha filha confidenciou-me que caiu no sono diversas vezes também (que falta de educação a nossa...).


Fomos convidados a participar de um momento espiritual hare-krishna no templo onde observamos um monge explicando aos seus discípulos o conteúdo do Bhagavad-gita. Eles têm o costume de se levantar às 4:00 da manhã (momento em que uma espécie de sino é tocado chamando os fiéis para as orações) e se reúnem no templo para cantar e louvar Krishna. Ficam assim até às 8:30, em jejum.


Interessante ver como vivem esses seguidores. Estão envoltos em orações, cultos, cânticos, mantras, tudo tão diferente do mundo em que vivemos...


Finalmente fomos convidados para o café da manhã. Gente, o que é aquilo? Que deliciosa era a comida. Muita fartura também mas, não se esqueçam, tudo super natural.
Pão (preto), queijo branco, manteiga sem sal, café com leite (de um sabor que não sei identificar), bolo - uau, só delícias.


Com tempo disponível, caminhamos por entre as árvores, tiramos muitas fotos das instalações e, por volta das 13h fomos almoçar.
Lago


Outra vez, pratos e mais pratos de comida lactovegetariana deliciosa.


Repetimos 2 ou 3 vezes os pratos. Queria tanto estas receitas !


Ficamos de nos encontrar outra vez por volta das 17h para mais uma palestra e, às 18h, começaria um cerimonial no templo.


Mais uma vez perdí a hora pois apagamos na cama. Com aquele frio, só queríamos ficar embaixo das cobertas. Foi um soninho muito gostoso.


Às 18h fomos ao templo e ficamos surpresas pois outro grupo (desta vez bem grande) que estava hospedado em um hotel mais acima veio participar do evento. Ficou super animado quando começaram a cantar e a dançar. 


Após a oração (da qual não participei) foi a vez do jantar. Percebí que o jantar é como uma ceia, igual à noite em que chegamos, com alimentação bem leve.


Embora tenha levado alguns biscoitinhos, batatinha frita, chocolate e outras guloseimas, para o caso de sentirmos fome entre as atividades, somente desfrutei delas na primeira noite, logo que chegamos já que o jantar é muito leve e eu estava com muita fome. 


Mais tarde, por volta das 20h houve a cerimônia do fogo onde, de acordo com eles, tudo o que é ruim pode ser queimado nas chamas (inveja, depressão, mal estar...). Será que queimam preguiça também?


A cerimônia também foi muito animada pois o grupo do outro hotel retornou.


Pularam e dançaram ao som dos mantras e tambores até às 21h e então fomos todos dormir.


Na próxima publicação, nosso segundo dia no retiro.



Para acompanhar: