16 de jul. de 2011

Comer, Rezar, Amar (não necessariamente nesta ordem...)



Sexta-feira, 00:21h, estou em casa, com meus filhotes, lendo blogs, feliz por ter mais companhias no meu (obrigada mesmo) e dentre vários assuntos que explodem na minha cabeça para escrever, escolhí falar sobre o livro que terminei de ler semana passada: "Comer, Rezar, Amar" de Elizabeth Gilbert.


Fiquei curiosa em ler o livro pois assistí o filme com Julia Roberts e fiquei fascinada (acabei ganhando da minha filha como presente de aniversário - obrigada princesa), talvez por estar em um momento de inquietude comigo mesma (crise dos quase 50...). Como os livros são sempre mais divertidos do que os filmes (pelo menos para mim), enquanto viajava pelos ônibus da Avenida Brasil (RJ) em direção ao trabalho, mastigava-o. Posso dizer que minha visita à um Ashram, conforme narrei em 7 partes (que número cabalístico!) foi incentivada por ambos - o filme e o livro.


Para começar, a autora passou seu ano sabático (iniciado com seu divórcio) com 32 anos. Gente! Aos 32 eu estava separada pela primeira vez (a propósito, sou separada cinco vezes do mesmo marido), com apenas um ano de casamento e uma filha na época com 3 meses. Isso me dá um crédito de 5 anos sabáticos! Mas, como cada um de nós suporta sua cruz de acordo com sua capacidade em carregar pesos, vamos aos comentários.


A autora narra sua viagem durante este ano, em que decidiu passar 4 meses na Itália, 4 meses na India e 4 meses na Indonésia (mais especificamente em Bali). No primeiro desfrutou do prazer da comida, conseguindo ganhar 14Kg (caramba!) e aprendeu italiano, língua que sempre a fascinou.


No segundo País, instalou-se em um ashram onde lavou chão, fez dieta vegetariana e aprendeu a meditar.


No último, reencontrou o xamã que a inspirou a buscar seu próprio "eu", deixou-se levar pela independência de compromissos e conheceu o amor brasileiro (aliás, ela mencionou a nacionalidade do cidadão mais de 50 vezes!). 


De maneira bem leve e humorada, toda a narrativa das experiências pelas quais passou levou-me a rir e, ao mesmo tempo, peguei-me com o livro no colo pensando na minha própria vida. Foi então que, depois de sair de uma depressão daquelas (entre o filme e o livro) por "n" outras razões, resolví me reinventar, retomei este blog, estou fazendo vários cursos sobre todos os assuntos que sempre me fascinaram - mas que eu nunca tinha tempo para me dedicar - quero voltar para a Faculdade, quero mudar de emprego. 


Às vezes a D. Solidão sempre me alfineta com comentários do tipo: "de que adianta tudo isso se você não tem ninguém com quem dividir suas experiências?", "sua cama continua vazia!", "garota, você já percebeu que não sabe mais namorar?". Mas, normalmente eu respondo, após alguns minutos de reflexão: "sou independente, criei meus filhos sozinha, pago minhas contas sozinha, por que vou oferecer tudo que tenho para um estranho que não vai me dar valor?". Sem contar que a cada dia, mês ou ano que passa, mais fico exigente, menos paciência tenho com cafajestes, conheço melhor os homens e acabo gostando mais do meu gato e do meu cachorro (os bichos mesmo)!"


Voltando ao livro que me inspirou, resolví destacar alguns trechos aqui que falarão por si. No mais, recomendo a leitura pois, como eu disse anteriormente, leva-nos a reflexões sobre a vida, onde as palavras solidificam os sentimentos.


"Se você quiser mesmo conhecer alguém, precisa se divorciar dessa pessoa." - caramba, que observação mais verdadeira! E não precisa ser usada necessariamente na condição matrimonial; pode ser encarada também num "divórcio" entre amigos.


"No amor desesperado, nós sempre inventamos os personagens dos nossos parceiros, exigindo que eles sejam o que precisamos que sejam, e depois ficando arrasados quando eles se recusam a desempenhar o papel que nós mesmos criamos." - mais conhecido como "ilusão"... essa traidora!


"Será que esta nossa vida tem de ser apenas dever?" - puxa, esta caiu como uma luva na minha vida!


"Acho que o que eu quero é aprender a viver neste mundo e desfrutar seus prazeres, mas também me dedicar à Deus." - eu também!


"Você faz parte do universo,... . Você é um pedaço dele, e tem todo o direito de participar das ações do universo, e de deixar claros os seus sentimentos". - tudo a ver com a Psicobiofísica, um dos assuntos o qual estou me dedicando.


"Aproximam-se de mim, silenciosas e ameaçadoras como detetives particulares, e me cercam - a Depressão pela esquerda, a Solidão pela direita. Sequer precisam me mostrar seus distintivos. Eu as conheço muito bem. Há anos que temos brincado de gato e rato." - sem comentários!


"É claro que todos nós inevitavelmente trabalhamos demais, e em seguida ficamos exaustos e precisamos passar o fim de semana inteiro de pijama, comendo cereal direto da caixa e olhando fixamente para a televisão em um estado próximo ao coma..." - é aí que eu pergunto: como vou pensar em morar com alguém se é assim que gosto de ficar de vez em quando? Isso não é nada sexy!


"O que você gostaria de fazer hoje,...? O que te daria prazer neste momento? Sem ter de pensar no que alguém mais iria achar, e sem mais nenhuma obrigação com que me preocupar, essa pergunta finalmente se tornou clara e absolutamente pessoal." - posso dizer que essa frase foi a chave para minha mudança de comportamento neste último mês.


"Mas eu sou inteiramente tragada pela pessoa que amo. Sou como uma membrana permeável. Se eu amo você, eu lhe dou tudo que tenho. Dou-lhe o meu tempo, a minha dedicação, a minha bunda, o meu dinheiro, a minha família, o meu cachorro, o dinheiro do meu cachorro, o tempo do meu cachorro - tudo. Se eu amo você, carregarei para você toda a sua dor, assumirei por você todas as suas dívidas (em todos os sentidos da palavra), protegerei você da sua própria insegurança, projetarei em você todo tipo de qualidade que você na verdade nunca cultivou em si mesmo e comprarei presentes de Natal para sua família inteira. Eu lhe darei o sol e a chuva e, se não estiverem disponíveis, dar-lhe-ei um vale de sol e um vale de chuva. Darei a você tudo isso e mais, até ficar tão exausta e debilitada que a única maneira que terei de recuperar minha energia será me apaixonar por outra pessoa. Não é com orgulho que revelo esses fatos sobre mim mesma, mas é assim que sempre foi." - esse parágrafo é um daqueles que mencionei acima. Quando me toquei, estava refletindo sobre ele, relendo e me identificando plenamente. É, essa sou eu!


E encontrei tudo isso só nos capítulos narrados na Itália!


Bem, com essa revelação, paro por aqui e deixo as outras frases que me chamaram a atenção para uma outra postagem.


Se você já leu o livro também, comente! Será um prazer trocar figurinhas. (ih, olha eu buscando o prazer de novo... -rs-)

11 de jul. de 2011

A Difícil Arte de Administrar



Ser Consultora Administrativa em uma empresa de pequeno porte não é uma missão fácil, independente do seu tempo de vida no mercado. E quanto mais tempo ela possui, pior é.


Leio muito sobre gestão, liderança, equipe, qualidade, ISO, indicadores, enfim, zilhões de processos e procedimentos da minha área, procurando manter-me atualizada com todo esse fascinante universo da Administração. Acredito que uma empresa, independente do seu porte, deve seguir todos esses parâmetros adaptados à sua estrutura, a fim de desenvolver-se saudavelmente no mercado competitivo, mesmo enfrentando alguns distúrbios financeiros e humanos, como é rotineiro.


Mas acredito também que esses mesmos distúrbios podem ser amenizados quando aplicadas as técnicas e ferramentas que os conhecimentos da boa administração nos fornece.


Entretanto, como observadora e enquanto elemento atuante na minha atual atividade profissional, encontro dificuldades que se não fossem trágicas, seriam cômicas.


E não é somente no local onde trabalho; pude observar em outras empresas, de portes variados, em que ora eu atuava como líder, ora como subordinada, ora como cliente, ora como fornecedora, que existe uma dificuldade na sua estrutura organizacional e funcional que beira a solidificação em termos de conceitos ultrapassados, comportamentos paleolíticos e resistência às mudanças.


Pela minha análise, cheguei à uma conclusão que somente uma legislação adequada (e sobre esta legislação falarei em uma próxima postagem) poderia equacionar esta situação que é mais comum do que se possa imaginar, pois está escondida sob o tapete das organizações privadas.


Um profissional de qualquer área (engenharia, medicina, direito, magistério somente para citar alguns) sai da faculdade, consegue abrir seu consultório/escritório, pretendendo exercer sua atividade. Começa na maior parte das vezes sozinho, ou com um sócio, e tendo apenas um ou dois elementos de base para compor o empreendimento que montou para atender ao seu público alvo.


Na maior parte das vezes, desconhece a existência de um plano de negócios, ou, se conhece, foi porque assistiu a alguma palestra da Firjan ou do Sebrae, ou teve um semestre de noções em administração, ou leu algum livro sobre o assunto mas resolve pular algumas etapas pois não tem tempo para se dedicar ao planejamento sério. Afinal, isso não é necessário pois o que interessa é encontrar clientes, fornecer o serviço com o qual está razoavelmente familiarizado e ganhar dinheiro.


"O corpo administrativo é um mal necessário, é considerado pessoal improdutivo" disse-me um empresário certa vez. "Mas tenho que mantê-lo menor que a equipe operacional". Entenda-se por "corpo administrativo" o mínimo de pessoal possível para atender o departamento pessoal, TI, recursos humanos, compras e controle financeiro (contas a pagar e a receber). Talvez um elemento para servir de mensageiro, caso o pessoal interno não possa se revezar para resolver os assuntos externos.


Deste corpo administrativo espera-se que saiba convencer os colaboradores de que seu salário está correto, de que não há verba para oferecer nenhum benefício a mais, orientá-los sobre o correto procedimento enquanto funcionário da empresa (seguindo a cartilha do empregador), economizar mais e investir menos, onde investir é sinônimo de cursos, palestras, confraternizações, móveis ergonômicos, upgrade na informática e outras "bobagens" que não são contabilizadas como prioridades.


Formulários, de qualquer espécie, somente quando há tempo de preenchê-los pois, na pressa, as instruções, pedidos, comunicados, ordens, são feitas por telefone, rádio ou pessoalmente, sem necessidade de registro. Depois, utiliza-se a velha técnica do "não sei", "não lembro", "pensei que o responsável era o fulano", "não é comigo", "ninguém me disse nada", "eu não sabia"...


Essa mesma técnica é utilizada quando um dos colaboradores falta e, somente ele, sabia fazer aquele serviço, tendo tudo registrado...  em sua mente. Os que ficam adoram usar essas expressões, evitando-se assim assumir qualquer responsabilidade sobre o evento, seja lá qual for.


O horário de saída é rigorosamente observado, parecendo haver um alarme desses de fábrica, só que silencioso e invisível que, ao tocar faz com que os funcionários larguem o que estiverem fazendo (isso se já não haviam largado uns 10 minutos antes para o ritual do fim de expediente - café, ida ao banheiro, maquiagem, troca de uniforme, telefonemas pessoais...) e saiam desesperadamente para fora do recinto que os aprisionava.


E se o empresário consegue se manter no mercado mesmo com todo esse cenário aparentemente catastrófico, não há Administrador que o convença de que precisa mudar. Mesmo que ele concorde com suas orientações e teorias, acredite, é apenas para passar para você a ilusão de que ele entende o que você está expondo, de que suas idéias são ótimas, mas "vamos aplicá-las em um momento mais oportuno". 


Quando você consegue, entre um serviço e outro (porque afinal, você é um profissional multitarefa) levantar alguns indicadores, planilhas e relatórios para ilustrar suas assertivas, ele - o empregador-diretor-patrão - concorda com você, diz que suas sugestões serão implantadas, e o autoriza a tomar todas as medidas cabíveis para que a solução apresentada se consolide.


Mas, não se iluda. Ao menor sinal de não adaptação ao novo sistema implantado por qualquer um dos membros da supervisão e/ou direção, tudo volta ao marco zero, tal como quando você entrou na empresa. Afinal, "sempre foi assim, era muito melhor quando não tínhamos papéis para preencher... sempre funcionou! Não entendo tanta burocracia!"


Funcionou?!? Com um índice estratosférico de reclamações, trabalhos e retrabalhos exaustivos "apagando incêndios", malabarismos financeiros, desgaste, estresse, desmotivação coletiva?


Bem, este artigo é apenas a ponta do iceberg que pretendo explorar durante algumas publicações.


E se você quiser participar, coloque seu comentário aqui. A ideia é coletar o maior número de exemplos e, quem sabe, criar alguma solução de modo a alterar este cenário de pandemônio organizacional.



10 de jul. de 2011

Soluções Criativas - 2ª parte

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Em 2009 fiz minha primeira publicação sobre Soluções Criativas mostrando, através de imagens, como o ser humano consegue elaborar as mais diversas (e porque não dizer criativas) soluções para os seus problemas do dia a dia.


Criou-se então, na comunidade internauta, o "Troféu Gambiarra 2009" pois essas criaturas não se contentam em apenas resolver seus probleminhas, mas também o divulgam na rede para que outros mortais tenham uma opção para o caso de terem que enfrentar os mesmos desafios.


Esta semana, recebí por e-mail mais algumas soluções práticas para probleminhas comuns.
Por exemplo:


Você está em um acampamento ou em qualquer outro lugar com seu garfo esperando a comida chegar. Mas eis que surge um prato de sopa. Como fazer? Simples:


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Pintou um churrasco de última hora na sua casa, a geladeira está cheia de comida e não tem um latão para colocar a cerveja? Então:


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Está no meio do churrasco e ninguém consegue encontrar o abridor? Essa solução é muito comum nos bares de esquina aqui do Rio:

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Essa é para aqueles que adoram livros, e não tem onde mais colocar tantos. Então, descarregam uma carga em cima de uma mesinha que, coitada, não tem estrutura para tanto peso. Acreditem, já ví algo assim:


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Essa é uma solução caseira. A cafeteira pifou, são 5 horas da manhã. Você não sai sem tomar um cafezinho quentinho. Então:


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Agora, para os motoristas. Tá meio sem grana para colocar um som?


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E que tal um GPS?


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O cinto arrebentou?


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Agora a ganhadora do prêmio. Para os papais de plantão (porque as mulheres nunca fariam isso), vai uma opção para a ausência da fralda:


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Pessoalmente, de todas essa foi a solução mais estapafúrdia que já ví. Agora imaginem este bebê no futuro... O trauma que os pais causarão nessa criança quando ela souber do que foi vítima... Sem comentários.


Se vocês encontrarem mais fotos desse tipo, podem mandar para mim. Terei imenso prazer em publicá-las comentando sua participação.