22 de jul. de 2017

Limites - A atual relação entre pais e filhos

Imagem ilustrativa: filme "Precisamos falar sobre o Kevin"


Como leio tudo que passa pela minha frente (rs) deparei-me com o texto abaixo e acho que ele se encaixa perfeitamente no relacionamento familiar entre pais e filhos da atualidade.

Entretanto, assusta-me a visão de que ainda pode piorar... Tenho presenciado diversas situações em que os filhos, principalmente crianças e adolescentes, apresentam atitudes desrespeitosas e agressivas com seus pais (principalmente com suas mães) e que essas - as mães - simplesmente não conseguem lidar com esse comportamento abusivo, fora do contexto hierárquico natural da comunidade familiar.

Leiam o texto e deem sua opinião. Gostaria de ouvi-los:

“Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores.

E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas,  por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.”

A constatação trazida pelo artigo que circula pela internet é deveras interessante, e vale a pena ser estudada.

O texto continua dizendo: Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.

Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais, e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.

Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos.

E o pior: os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.

Na medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal.

Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido respeito.

E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.

Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.

E são os filhos que, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas ideias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver.
E, além disso, que os patrocinem no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado.

Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores “amigos” e “dar tudo” a seus filhos.

Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.

Se o autoritarismo suplanta, humilha, o permissível sufoca.

Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores.

Vamos à frente liderando-os e não atrás, carregando-os, e rendidos à sua vontade.
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual muitos estão afundando, descuidados.


Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito.


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