17 de abr. de 2012
Brasil - o Gigante que acordou!
Semana passada soube de uma publicação no jornal britânico "The Guardian" que confirmou minha tese sobre o comportamento americano quando o assunto é nossa soberania nacional.
Já comentei aqui que o mal dos brasileiros é não aceitar (entender) que somos uma potência e não conseguir se comportar como tal.
Aceitamos que Chefes de Estado entrem em nosso território determinando como nosso povo deve agir, que fiquem retidos em suas casas para que eles possam circular por nossas ruas com "segurança", exigem que nos comuniquemos em suas línguas, determinam os preços de nossas mercadorias e nossos serviços, exigem tratamento fora dos protocolos diplomáticos, e tantas outras arbitrariedades.
Fazem questão de colocar o povo brasileiro na linha de pobreza, país de terceiro mundo, repleto de analfabetos, com lideranças governamentais corruptas.
Mas a culpa é nossa.
Voltando ao artigo do jornal britânico, redigido por Jason Farago, ficou muito claro para mim que essa visão pessoal é compartilhada com a Europa. Em sua edição de 11 de abril, ao comentar sobre a visita da presidente Dilma à Casa Branca, ele afirmou que o Brasil não recebeu o tratamento adequado se comparado a outros parceiros internacionais.
Considerando a presidente como a segunda pessoa mais importante do hemisfério ocidental (ou seja, abaixo apenas do próprio Obama), o referido presidente americano gastou mais tempo caçando ovos de páscoa nos jardins da Casa Branca do que prestando as honras e discutindo nosso relacionamento com a líder brasileira. Na realidade gastou apenas duas horas com a visita, sequer convidando-a para um jantar solene.
O artigo afirma ainda que como líderes do BRICS (bloco constituído por países com importâncias políticas e econômicas similares: Brasil, Rússia, India, China e África do Sul), somos o país menos respeitado pelos Estados Unidos, mesmo tendo cultura similar mais próxima se comparado aos demais. O jornal enfatiza que o Brasil possui uma economia maior que a Grã-Bretanha, um valioso oceano de petróleo e ainda goza de uma taxa de aprovação de 77%, fato visualizado pelos americanos somente em sonhos. Tal comportamento denota medo do poder brasileiro que pode ofuscar a primazia americana no continente.
Sob o título "Everyone wants to talk to Brazil's President Rousseff, except Obama" (Todo mundo quer falar com a Presidente do Brasil Dilma Roussef, exceto Obama) o artigo ainda debochou:
Então, porque Obama - que já demonstrou seu talento dançando salsa - recusa-se a dançar um pouco de samba também?
Amei!!!
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