Imagem ilustrativa: filme "Precisamos falar sobre o Kevin" |
Como leio tudo que passa pela minha frente (rs) deparei-me com o texto abaixo e acho que ele se encaixa perfeitamente no relacionamento familiar entre pais e filhos da atualidade.
Entretanto, assusta-me a visão de que ainda pode piorar... Tenho presenciado diversas situações em que os filhos, principalmente crianças e adolescentes, apresentam atitudes desrespeitosas e agressivas com seus pais (principalmente com suas mães) e que essas - as mães - simplesmente não conseguem lidar com esse comportamento abusivo, fora do contexto hierárquico natural da comunidade familiar.
Leiam o texto e deem sua opinião. Gostaria de ouvi-los:
“Somos as primeiras gerações de pais decididos a não
repetir com os filhos os erros de nossos progenitores.
E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os
pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais
bobos e inseguros que já houve na história.”
A constatação trazida pelo artigo que circula pela internet
é deveras interessante, e vale a pena ser estudada.
O texto continua dizendo: Parece que, em nossa
tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a
seus pais, e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.
Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que
temem os filhos.
E o pior: os últimos que respeitaram os pais e os
primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.
Na medida em que o permissível substituiu o
autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para
o bem e para o mal.
Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos
filhos se comportavam bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido
respeito.
E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam
seus pais.
Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e
nossos filhos foram se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que
conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.
E são os filhos que, agora, esperam respeito de seus
pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas ideias, seus gostos,
suas preferências e sua forma de agir e viver.
E, além disso, que os patrocinem no que necessitarem para
tal fim.
Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais
que têm que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no
passado.
Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães
para serem os melhores “amigos” e “dar tudo” a seus filhos.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância,
estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não
os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.
Se o autoritarismo suplanta, humilha, o permissível
sufoca.
Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá
confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores.
Vamos à frente liderando-os e não atrás, carregando-os, e
rendidos à sua vontade.
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem
no descontrole e tédio no qual muitos estão afundando, descuidados.
Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e
profundo respeito.
Fonte: Limites -Momento Espírita
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