23 de fev. de 2012
Você já ouviu falar em e-drug ou i-doser?
E-drug ou i-doser é um software que produz ondas sonoras binaurais (sons que alteram a frequência do cérebro) em intensidades diferentes, mesclado a sons de fundo. As doses podem provocar reações diversas, dependendo do objetivo a ser alcançado. Para "consumir" basta o programa e um bom fone de ouvido.
Algumas são estimulantes, outras relaxantes, algumas (dizem) aumentam o desejo sexual e outras criam o efeito de drogas como cocaína, LSD e derivados e outras ainda melhoram a capacidade mental produzindo efeitos criativos.
Tomei conhecimento do e-drug ao ler a revista SUPER edição de dezembro-2011 e agora resolví pesquisar um pouco sobre o assunto. De acordo com a revista, uma pesquisa realizada pelo National College of Natural Medicine (EUA) com voluntários observados antes, durante e depois de ouvirem o i-doser, não houve nenhuma alteração significativa nas correntes elétricas do cérebro. Entretanto, de acordo com o diretor do laboratório de psicofisiologia da Universidade Duke (EUA), aqueles que estiverem dispostos e se concentrarem poderão sentir alterações. A frequência resultante obtida com a soma das duas frequências em cada fone seria a fonte que induziria o cérebro a reagir de maneiras diferentes, dependendo dos sons produzidos.
Entrei no site i-doser.com e baixei o programa gratuito. Classifico minha curiosidade como puramente científica. Nunca experimentei drogas - acreditem - no alto dos meus quase 49 anos. Meu único vício é o cigarro. O álcool nunca me viciou nem xarope de qualquer gênero. Não sou facilmente induzida por sites sensacionalistas, lendas urbanas (já que busco a verdade por trás dessas correntes que viajam pela rede como pode ser visto neste blog), hipnose ou dinheiro fácil.
Diante deste currículo, achei-me em condições de experimentar essa novidade (nem tão nova assim já que os criadores lançaram o i-doser em 2005 conforme dados da Wikipédia e já estão na versão 5.0).
Ao baixar o programa você recebe 3 doses (nome dado ao arquivo onde o som está gravado) gratuitas. Portanto amiga(o), se quiser mais, terá que comprar no próprio site já que os arquivos baixados pelo 4Shared não são aceitos pelo programa. Pesquisando superficialmente os valores não são tão altos assim; variam de U$ 2,00 a U$ 8,75. São 140 efeitos, aproximadamente, mas devem existir mais doses.
Na área de produtos você encontrará promessas de experiências extra-sensoriais, algumas de gosto duvidoso, outras assustadoras, mas a que me interessaram foram as que fazem abandonar o vício (no meu caso, do cigarro), combatem a depressão, aumentam a criatividade ou relaxam.
Preparei-me conforme sugerido sentada em uma posição confortável e isolando os sons externos. Escolhi um que induzia estado de alegria e me concentrei.
Uma música bem distante começa a tocar e um som vai surgindo no fone esquerdo como um apito, uma sirene, e vai aumentando. Nos primeiros 5 minutos aquilo já estava causando efeito em mim sim. Estava ficando irritada com aquele som. Forcei-me a continuar (a dose era de 20 minutos) para ver até onde iria, aguardando que outro som surgisse para aliviar aquele que incomodava. Após alguns minutos pude perceber que no fone direito havia o som de um jato de água muito forte, como uma cachoeira. O som do fone esquerdo passou a emitir ondas e tive a impressão que, com a água, estava boiando em uma espécie de rio (indução promovida pela cachoeira).
Por algum tempo trouxe até um certo conforto mas devo admitir que não estava completamente relaxada já que a expectativa da experiência já me fazia criar o texto que escreveria aqui. Mas quando percebia que a mente vagava pelo mundo dos pensamentos, eu me forçava a me concentrar no tal som. E foi assim durante os 10 minutos restantes, quando o som foi reduzindo até ser substituído pela música ao longe.
Resultado da experiência: o zumbido permaneceu oscilando na minha mente durante uns 20 minutos aproximadamente após o teste. A tal alegria não rolou. Outras técnicas de meditação me dão mais tranquilidade e não agridem meus tímpanos.
Já posso garantir que não vou me viciar no e-drug mas não recomendo essa experiência para crianças, jovens, idosos ou pessoas em estado aflitivo ou emocionalmente frágeis.
Alguém já experimentou e gostaria de contar como foi? Escreva, comente. Vamos trocar experiências.
Em tempo: encontrei um excelente texto sobre o assunto no blog mexicano http://hyperkamui.blogspot.com/. Vale a pena ler.
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