7 de ago. de 2011

Doenças Causadas pela Modernidade - Opinião e Denúncia - Parte II



Dando continuidade ao tema Doenças Causadas pela Modernidade, que tratei no dia 2 de agosto, vou comentar agora sobre o texto do Dr. Drauzio Varella*, denominado "A Arte de Não Adoecer".


De acordo com ele, existem 7 formas de evitar a doença. O texto abaixo foi transcrito do artigo publicado pelo Dr. Luis Roberto Fava, na rede social O Gerente, sob o título Modernidade - Sinal de Doenças Crônicas. Meus comentários estarão em vermelho, abaixo de cada item mencionado.


Se não quiser adoecer – Fale de seus sentimentos
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos “segredos”, nossos erros… O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia!
Concordo com o Dr. Varella que emoções reprimidas nos trazem doenças sérias, entretanto, por experiência própria, demonstrar nossas emoções requer muito cuidado com a escolha do nosso ouvinte. Na grande maioria das vezes, acabamos com uma depressão muito maior, causada pela decepção com pessoas que considerávamos amigos(as). Essas pessoas traem nossa confiança, pois descobrimos que usavam nossa confidencialidade para nos expor e/ou fingiam amizade visando beneficiar a si mesmos. Principalmente no meio organizacional. Infelizmente cultua-se a banalização de sentimentos onde a exposição de emoções é tida como fraqueza. Portanto, meus leitores, escolham muito bem o seu ouvinte, porque a maioria das pessoas não gosta de ouvir e se o fazem, é para colher informações suas que lhes traga alguma benfeitoria. Hoje, minha confidente é minha filha, minha melhor amiga. Com ela posso trocar confidências e nos ajudamos mutuamente a enfrentar uma sociedade insensível.
Se não quiser adoecer – Tome decisão
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.
Concordo plenamente com o médico. Muitas pessoas tem dificuldades em tomar decisões por preferir ficar no que é convencionalmente chamado de zona de conforto. A ausência de decisões, em qualquer área da vida, leva a frustrações do tipo "se eu tivesse escolhido...". Portanto, tome decisões mas não sem antes meditar sobre elas. E siga adiante. 
Se não quiser adoecer – Busque soluções
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.
Plenamente de acordo. Ao olhar um copo com água pela metade, veja um copo quase cheio e não um copo quase vazio. Isso é otimismo! Solução é criatividade. Possuímos a capacidade de raciocinar e devemos desenvolver a capacidade de "pensar fora da caixa", ou seja, veja o problema como se não fosse seu, isento de emoções pessoais e acredite que ele já está resolvido. Às vezes a solução vem de uma conversa, uma observação, uma análise mais profunda. Respire fundo, relaxe, mentalize e acredite, a solução virá. Simples assim.
Se não quiser adoecer – Não viva de aparências
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso… uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.
Seja quem você realmente é. Fingir ser quem você não é desgasta a mente (e a aparência), além de acabar sendo desmascarado a qualquer momento. Lembre-se: "Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente." (Abraham Lincoln) 
Se não quiser adoecer – Aceite-se
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.
Nossa, essa é forte! Aceitar-se é uma arma muito poderosa mas também muito difícil de se obter. Temos a tendência de nos acharmos gordos demais, magros demais, querendo um corpo assim, um cabelo daquele jeito, sermos mais extrovertidos ou menos tagarelas, mais jovens ou mais velhos... Não  importa o defeito, sempre encontramos vários. E nos depreciamos. É um processo difícil mas necessário para conseguirmos uma vida mais saudável. O método que tenho utilizado para melhorar minha auto-estima é a conexão com a natureza. Na natureza, tudo é belo, a planta, a terra, os animais, todos vivem o presente, o agora, sendo como são. Pense nisso.
Se não quiser adoecer – Confie
Quem não confia não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
Esse tópico nos leva de volta ao primeiro (Fale de seus Sentimentos). A confiança, para mim, tornou-se uma moeda de rara beleza, muito valiosa. Pessoalmente, utilizo-a somente para pessoas muito especiais para mim. Mas discordo veementemente que a desconfiança revele falta de fé em si mesmo e em Deus. Se me faltasse a fé em Deus eu não estaria aqui, curtindo minha vida, curtindo este blog, curtindo vocês. Se me faltasse a fé em mim mesma, não teria chegado onde cheguei e onde ainda chegarei. A sugestão permanece: muito cuidado com a escolha da pessoa que merecerá sua confiança!
Se não quiser adoecer – Não viva sempre triste
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. “O bom humor nos salva das mãos do doutor”. Alegria é saúde e terapia.
100% de acordo. Levar a vida "a ferro e fogo" traz doenças. Sorria, acorde e concentre-se nem que seja por 5 minutos, na alegria que você terá durante todo o dia. Ao sair para trabalhar, para levar o filho para a escola, para fazer compras, não importa, preste atenção nos pássaros, nas árvores, no detalhe da plantinha no cantinho do muro, no gatinho que está no alto do muro admirando a paisagem, na grandeza de Deus... E respire pausadamente, prestando atenção na sua respiração, procurando manter somente pensamentos felizes. Se você se deixa levar pela tristeza, nada dá certo, pior, você não enxerga o que deu certo porque simplesmente está cego. 
Então, siga as instruções. Não, não é loucura. É remédio, e dos bons! Cura mesmo!



*Dr. Drauzio Varella é médico cancerologista, um dos pioneiros no tratamento da AIDS, autor de diversos livros e é militante em campanhas que visam o esclarecimento da população em temas relacionados à saúde e qualidade de vida.

2 de ago. de 2011

Doenças Causadas pela Modernidade - Opinião e Denúncia



Lí hoje um artigo publicado na Rede Social "O Gerente" chamado "Modernidade - Sinônimo das Doenças Crônicas" de autoria do Dr. Luiz Roberto Fava.


Ele discorre sobre o alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto ao crescimento contínuo das doenças relacionadas à modernidade, tais como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares, entre outras.


Como modernidade, são listados os processos de industrialização, o crescimento das metrópoles, o desenvolvimento econômico e a globalização, que alteraram nossos hábitos fazendo com que nos tornemos mais sedentários, nos forçando a ter uma péssima alimentação, nos estressando, reduzindo nosso tempo de lazer, dentre tantas outras mudanças de comportamento nocivas à saúde.


Apresentando dados estatísticos, a lista vem sendo alimentada com novos males que nos acometem como o pânico, a estafa, as dores de coluna, LER (lesão por esforço repetitivo) e DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), tornando-nos incapacitados ao ambiente de trabalho.


Acompanhando há 30 anos o ambiente trabalhista e escrevendo agora como observadora, devo concordar que as doenças crônicas aumentaram, estão matando e incapacitando muito mais do que se tinha conhecimento no passado. Por outro lado, a incapacidade laborativa é uma quimera pois no meio em que vivo, o pânico, o estresse, as dores na coluna, a LER ou o DORT não são considerados a ponto de permitir que o paciente possa receber o devido tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou sequer o direito de se licenciar para tratamento por 3 ou 6 meses, sem suspensão da sua remuneração (fonte de renda e sobrevivência).


Como trabalhadores, ou procuramos a autocura ou não poderemos mais fazer parte do processo produtivo da empresa, uma vez que ela não poderá se solidarizar com nosso problema. Problema este que pode ser detectado pela clínica de medicina e segurança do trabalho mas cuja opinião não será compartilhada com o médico-perito do SUS, que negará o auxílio-doença.


Será que é por isso que o índice de óbitos relacionados a esses males tenha aumentado tanto?


No mesmo artigo, o Dr. Fava cita o texto do Dr. Drausio Varela denominado "A Arte de Não Adoecer", em que ele relaciona 7 formas para evitar a doença. Sobre esses conselhos, falarei em minha próxima postagem.